O milionário "fim" da Ordem de Malta: afinal, quem lucrará com o término da Cavalaria Cató
TODA A VERDADE SOBRE A GUERRA NA ORDEM DE MALTA / CAPÍTULO 1
Ou: O QUE ESTÁ POR TRÁS DA DESTITUIÇÃO DE BOESELAGER E DE FESTING E O PULSO FIRME DE BERGOGLIO?
Um rico donativo de 120 milhões de francos suíços, paraísos fiscais e a luta entre alemães e italianos sobre o destino do patrimônio.
Um rico senhor francês, Jehan du Tour, deixa em herança uma fundação no Principado de Liechtenstein de cerca de 120 milhões de Francos Suíços, nomeando seus herdeiros duas pessoas físicas e duas associações de beneficência, os Hospitaleiros de São João de Deus e a Associação Francesa da Ordem de Malta.
A executora do testamento, a Sra. Ariane Slinger, com domicilio em Genebra, decidiu criar um fiduciário de direito Neozelandês - Caritas pro Vitae GRADU Charitable Trust - do qual se converteu em administrador fiduciário (a fidúcia impede a divisão dos bens, o administrador aloca a renda aos beneficiários).
A Sra. Slinger é administradora de uma sociedade (Ace Trustees SA), especializada na gestão de patrimônio e na gestão de offshores de fundos e capitais. É directora ou tem interesses indiretos de numerosas sociedades com sede em paraísos fiscais como as Bahamas, o Dubai e a Rússia (Selectus Capital limited, Gothard Capital limited, Valuta Capital limited, Maximus Capital limited, Yanni Management limited, Mickey Management limited e muitas outras) e através destas gere um império financeiro offshore que põe à disposição dos seus clientes.
Em 2008 também participou no acordo de La Garde-Tapie (recebeu 403 milhões de euros da Tapie para o litígio com o Credit Lyonnais) por ter estabelecido o contato com a Tapie Pierre Condamin-Gerbier, um banqueiro de Genebra posteriormente condenado. A Sra. Slinger é repetidamente nomeada em sites de jornalismo de investigação, tais como vazamento de dados de offshores e Panamá papers.
Em 2012, depois da morte do benfeitor, a Ordem de Malta toma conhecimento de tudo graças a um membro seu, francês que vive em Monte Carlo, e processa a Sra. Slinger num tribunal de Genebra. O julgamento ainda está pendente, e acredita-se que, se bem sucedido, o julgamento poderia resultar num processo crime contra Slinger.
Dom Silvano Tomasi
Em Genebra reside Monsenhor Silvano Tomasi, Núncio apostólico e observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas em Genebra. Monsenhor Silvano Tomasi, cria uma fundação (Caritas in Veritate) tornando-se seu Presidente, tendo chamado para ser Tesoureiro Marc Odendall, um banqueiro de negócios com ampla experiência, especialmente no sector de meios de comunicação (OPI) para empresas de tecnologia. Alice de la Rochefoucauld foi nomeada diretora.
Na fundação vem nomeado como membro do conselho Marie Thérèse Pictet Althann, Embaixadora e Observadora Permanente da Ordem de Malta nas Nações Unidas. Através da fundação Caritas in Veritate são organizadas numerosas conferencias, também implicando um banqueiro libanês (Société Générale de Banque), Marwan Senhaoui, presidente da Assembleia Libanesa da Ordem de Malta, que tem experiência com um grupo de voluntários que participam num campo de refugiados sírios a cargo de Cáritas.
O arcebispo Tomasi, muito próximo da Secretaria de Estado do Vaticano, fez que fosse concedida a Ordem de São Gregório Magno no grau de comendador tanto a Odendall como a Pictet. Odendall também foi nomeado membro do Conselho da Autoridade de Informação Financeira do Vaticano (http://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/papa-nomeia-novo-conselho-diretor-da-aif-do-vaticano/) e o monsenhor Tomasi, no final das suas funções em Genebra, foi nomeado membro do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz (http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_presentazione_po.html)
Marc Odendall sendo condecorado Comendador da Ordem Pontifícia de São Gregório Magno
Depois da eleição do último governo da Ordem de Malta (2014), Boeselager, Chanceler, decide tratar as propostas de Slinger, uma transação do legado Tour. Em Julho de 2014 Odendall prepara uma informação detalhado, com a ajuda de Sehnaoui, que conheceu em Maio de 2014 durante uma peregrinação a Lourdes.
Um intenso intercâmbio de correio electrónico começa entre Odendall, Boeselager, Sehnaoui e Monsenhor Tomasi. No qual a Sra. Slinger trata Monsenhor Tomasi como "Caro Silvano". Talvez até mesmo a Secretária de Estado foi informada. O Grão-Mestre rejeita qualquer transação.
Para o espanto de todos Marie Therese Pictet Althann fora também condecorada pelo Papa Francisco como "comendadora" da Ordem Pontifícia de São Gregório Magno
No dia seguinte, à cessação das funções de Boeselager, dois altos dignitários pedem ao Grão-Mestre que autorize a assinatura da transação com a Sra. Slinger, recebendo uma nova e firme rejeição.
Depois de uma forte pressão do cardeal Patrono Raymond Burke, Boeselager foi suspenso das suas funções. Uma comissão de ética interna da Ordem condena a distribuição de preservativos e anticoncepcionais feitas por Malteser International em Myanmar, Quênia e no Sudão do Sul. Esta condenação é confirmada pelo cardeal Gerhard Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Boeselager mostra-se como responsável em última instancia, e no principio tratou de encobrir e ocultar os factos.
O Barão alemão Albrecht von Boeselager
Poucos dias depois a Secretaria de Estado designou uma comissão de inquérito de cinco pessoas, entre as quais Monsenhor Tomasi, Odendall e Senhaoui.
Este comité preparou para o Papa um terrível relatório sobre o Grão Mestre e negou-se a rever o relatório apesar de uma recomendação do Papa que queria sair do caso da forma menos traumática.
Este é só um episódio de uma larga luta que opõe quem quer preservar o carácter religioso da Ordem de Malta e também as obras de ajuda e assistência, àqueles que a querem converter numa organização não-governamental laica.
Os próximos passos? Talvez a nomeação de Odendall como Grão Mestre da Ordem de Malta ou a Sra. Slinger.
Mil anos de Historia da Ordem de Malta serão assim destruídos pelo Papa que vem do “fim do mundo”.
Fonte: http://www.dagospia.com/rubrica-29/cronache/ecco-tutta-verita-guerra-all-ordine-malta-capitolo-cosa-140110.htm